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It Girl da Zona Sul


Que o termo "It Girl" perdeu seu real significado, todos já sabem, mas como reagir ao se deparar com esse trecho de reportagem? É isso que me inspira a falar de um assunto que sempre comento, mas que nunca expus aqui: a ostentação sem limites de gente que não tem condição nenhuma para bancar esses luxos. 

Não se espante ao ver uma garota com um visual recheado de marcas caras, e que provavelmente custou mais de 800 reais, entrando em um barraco sem reboco de 40m². Sim, não se espante. É aquela clássica situação "come pão com ovo e arrota caviar" onde a aparência que temos se torna mais importante do que aquilo que somos, e como nesses casos, a obrigação de manter a aparência e a falsa ostentação acaba passando por cima de necessidades básicas, como uma casa mais ajeitada, eletrodomésticos mais modernos e econômicos ou um estudo superior de qualidade. 

Não que marcas famosas e produtos da Apple estejam destinados apenas à pessoas das classes média e alta, qualquer um que tiver o dinheiro suficiente realiza a compra, mas na vida sempre vão existir prioridades e invertê-las é prejudicial. É aquela relação necessidade x superficialidade, onde nos dias de hoje, incrivelmente, a segunda opção costuma prevalecer. E não jogo a culpa apenas nos jovens com essa mentalidade, a influência de algumas músicas, como o funk, e a falta de autoridade dos pais também são fatores responsáveis.

Vivemos em um mundo onde uma mãe não pode juntar dinheiro para comprar a casa própria porque a filha precisa de tênis de 500 reais.

Realmente precisa? 


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